FALAR DE TUDO, PARA NAO FALAR DE NADA...



Até as abelhas fazem


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Caberia, eventualmente, numa frase tudo aquilo que gostava de te dizer, mas seriam só as palavras.

E eu gostava de te dizer muito mais do que as palavras, muito mais do que com palavras. O gesto que faltaria no papel seria o mesmo gesto que me falta hoje na vida. A tua pele quente nos meus dedos, os teus lábios nos meus lábios, o teu corpo no meu corpo. São todos esses gestos que me faltam e mais aqueles que inventaríamos, na urgência do desejo. São todos esses gestos que caberiam numa frase, mas morreriam ao encontrar a aspereza do papel.
E eu quero mais do que isso, mais do que letras alinhadas com a ordem implacável das palavras. Quero as letras sem nexo, atiradas para o ar, quero as palavras que surgirem, porque sim, quero os gestos desalinhados, as palavras emprestadas aos gestos, quero a sucessão de palavras e gestos e gestos sem palavras e a turbulência das palavras entre os gestos, porque sim, porque sim, porque sim.

Silêncio.

Caberia, eventualmente, no silêncio tudo aquilo que gostava de te dizer.


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