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Carta aberta ao Luis


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Sorrindo, mergulhavamos um no outro. Primeiro, os braços nos braços e depois os lábios nos lábios. E mergulhavamos as histórias nas histórias. E os sonhos nos sonhos. E não havia dúvidas que nos fizessem ter medo. Mas também não tínhamos medo de ter dúvidas. Eramos assim. Iamos sendo, porque nunca se é.
Até que um dia deixámos de ser os dois. De chorar o que o outro chorava. De sorrir o que o outro sorria. De amar o que o outro amava. Deixámos, assim, de nos amar.
Agora, tu amas outro sorriso. Eu amo outro sorriso. Mas amarei sempre o nosso mergulho, o nosso sorriso.


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