FALAR DE TUDO, PARA NAO FALAR DE NADA...



Quero fugir

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Cruzámo-nos numa qualquer esquina, num qualquer lugar perdido na memória. Entrelaçámos ideias, rimo-nos de ideais, roubámos perguntas à realidade.
Há coisas assim na vida. Que não se explicam, que não vale a pena esgravatar.
Há coisas que não fazem sentido, simplesmente porque não têm que fazer sentido.
É melhor fechar os olhos. Deixar correr o mundo. Viver os pequenos anseios, meticularizar as pequenas emoções.
E aí tornamo-nos grandes, procuramos aquilo que realmente devíamos ter sido e não fomos. Achamos que somos felizes nem que seja por um bocadinho, uns minutos de explosão, um pedacinho de céu, uma nesga de mar.
Para querer fugir.



Vivemos numa sociedade muito esquizoide. Parecemos crianças grandes. Queremos tudo. Queremos a nossa privacidade e o nosso espaço. Mas depois queixamo-nos de que estamos sós, que não temos ninguém. Não se pode ter tudo, de facto. Há um preço a pagar pelas coisas.

Francisco Alves, encenador


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